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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Listão dos inimigos públicos nº 1 de Lula, que querem 'acabar com a raça' dele

O TEXTO É MEIO RADICAL, MAS VERDADEIRO, TAMBÉM ASSINO EM BAIXO.

TENHO FICADO INDIGNADO COM A REPERCUSSÃO E COMENTÁRIOS EM SITES DE NOTICIAS, O SENTIMENTO ANTI-LULA POR PARTE DE INTERNAUTAS DE ULTRA DIREITA QUE PREFEREM DEFENDER O OBVIO BANDIDO DE TOGA QUERENDO ARRUMAR UMA TABUA DE SALVAÇÃO, PORQUE ESTÁ ATOLADO ATÉ O PESCOÇO PREFEREM ATACAR O LULA QUE DA POSIÇÃO QUE ESTÁ NA POLÍTICA SÓ PODE DAR PALPITE PORQUE ORDEM QUEM DÁ É A DILMA E NEM ISTO ESTÃO QUERENDO PERMITIR.

Se dependesse desses políticos e partidos abaixo, o lugar de Lula seria aprisionado numa cela e incomunicável com o povo, igual ficou Nelson Mandela na África Sul por 27 anos.
PSDB, DEM, PPS, o PSOL, e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) usaram a torpeza de moveram ação com a finalidade de "acabar com a raça" de Lula no tapetão do judiciário, usando uma "reporcagem" torpe da revista Veja, alavancada por Gilmar Mendes, para fazer uma espécie de AI-5 contra Lula.
A lista dos inimigos públicos nº 1 de Lula, que querem 'acabar com a raça' dele:
Assinaram a representação torpe para cassar e aprisionar Lula:
Alvaro Dias e o deputado Bruno Araújo e Mendes Thame, assinando por todos do PSDB;
José Agripino Maia, assinando por todos do DEM;
Rubens Bueno, assinando por todos do PPS;
Randolfe Rodrigues, assinando todos do PSOL;
Jarbas Vasconcelos, assinando só por ele mesmo, dissidente do PMDB
Os líderes dos partidos representaram seus caciques, que endossaram a trama:
Aécio Neves (PSDB-MG)
José Serra (PSDB-SP)
ACM Neto (DEM-BA)
Soninha Francine (PPS-SP)
Beto Richa (PSDB-PR)
Simão Jatene (PSDB-PA)
Siqueira Campos (PSDB-TO)
Anchieta Junior (PSDB-RR)
Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL)
Geraldo Alckmin (PSDB-SP)
Anastasia (PSDB-MG)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Duarte Nogueira (PSDB-SP)
Antonio Carlos Leréia (PSDB-GO)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
etc.
e todos os demais membros do PSDB, DEM, PPS e PSOL que não se manifestaram publicamente contra essa torpeza de golpismo safado e sem-vergonha.
E não adianta quererem negar, porque quem não teve coragem de assinar, também não deu um pio contra o docuento, pelo contrário, o PSDB até emitiu nota oficial falando em nome do partido e da oposição.
Todos políticos destes partidos estão no mesmo barco dos que querem 'acabar com a raça' de Lula de maneira torpe.
Eis o AI-5 demotucano e psolista contra Lula:

http://s.conjur.com.br/dl/representacao-oposicao-ex-presidente1.doc

Se queriam jogar para a platéia, 190 milhões de brasileiros da "platéia" vão ficar sabendo quem quer cassar e aprisionar Lula em conluio com a revista Veja, ligada ao bicheiro Cachoeira.
Vamos espalhar para todo mundo.
Vamos todos registrar na nossa listinha para nunca mais esquecer esses nomes e essas siglas que são inimigos públicos nº 1 de Lula e de lulistas.
Quem gosta de Lula, que digam um NÃO a esses nomes e siglas, na hora que vierem sorrir na TV ou dar tapinha nas costas pedindo voto. Quem não gosta de Lula que sigam esses golpistas e suas tropas da elite arcaica de Veja, Globo, Folha, Estadão, Gilmar.
Quem gosta de Lula, que vote em quem não quer acabar com a raça dele.
E não adianta depois virem pedir "desculpas" como fez ACM Neto quando disse que daria uma "surra" em Lula, pois ele é reincidente, quando o presidente de seu partido assina esse lixo.
Nem adianta vir dizer que não é bem assim, que "é as idéias que brigam", como fala Aécio Neves em público, mas age traiçoeiramente desta forma nos bastidores, como uma cascavel venenosa, pois seus líderes Álvaros Dias e Bruno Araújo assinaram esse lixo, e seu afilhado político Rodrigo de Castro (PSDB-MG) assinou nota à imprensa comunicando esse lixo em nome do partido.

Aécio Neves endossa "acabar com a raça de Lula"

Também não venham fazer propaganda enganosa, durante a campanha eleitoral, dizendo que são amigos de Lula desde criancinha, como a campanha de José Serra quis fazer em 2010.
E nem venham dizer que fazem "oposição responsável" como José Agripino Maia, que nada tem de responsável querer cassar Lula com base em "reporcagens" da revista Veja.
Adversários políticos podem ser respeitáveis, quando travam um debate franco e de peito aberto, por mais duro que seja. Há gente do PSOL, por exemplo, que era assim. Mas a assinatura de Randolfe Rodrigues nesse lixo, desmoraliza todo o partido.
Quando os projetos e ideologias brigam com efervescência, causa até admiração em adversários, mesmo com discordâncias. Até denúncias sérias são respeitáveis, pois a vida republicana precisa de constante depuração. Mas golpismos sem-vergonha só merecem repúdio, e nos fazem descartar até mesmo como segunda opção política, em casos de segundo turno.
Os demotucanos (incluindo os do PSOL) levam surra nas urnas, e querem dar o golpe no tapetão do judiciário, para acabar com a raça do presidente Lula e de seu legado.
Avisem aos demotucanos que a ditadura já acabou
Lula já ficou preso mais de um mês, na ditadura, pela afronta de se rebelar contra o arrocho salarial aos trabalhadores, para engordar os lucros de multinacionais remetidos para o exterior ou de empresários ricaços brasileiros que usavam a máquina repressiva da ditadura para explorar o trabalhador.
Dilma também já ficou presa na ditadura por rebelar-se contra a repressão a qualquer manifestação política nas ruas ou em partidos que desagradasse os ditadores e seus puxa-sacos como José Agripino Maia e o avô de ACM Neto.
Nenhum destes demotucanos e psolistas tem sequer moral para atacar Lula, ainda mais em defesa da revista Veja e do ministro do STF Gilmar Mendes.
Fizeram as suas escolhas e escolheram ficar do lado de Gilmar Mendes, Veja e Cachoeira. Que fiquem com eles.

 

Por:Zé Augusto

http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

domingo, 26 de setembro de 2010

MANIFESTO EM DEFESA DO GOLPE


Sobre certa notícia estampada hoje no portal dos marginais quatrocentões do Tietê, temos a dizer o seguinte:
Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam em certos veículos de imprensa para solapar o governo democrático e vitorioso do Presidente Lula.

É intolerável assistir ao uso de certos jornais, revistas e emissoras de rádio e TV como extensão de um partido político, máquina de assassinatos de reputação e de agressão à inteligência dos cidadãos.

É inaceitável que o Caixa 2 do PSDB tenha convertido certos órgãos de imprensa em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que a Rede Globo, a Folha, o Estadão e a Veja escondam dos noticiários que vemos as conquistas do país em que vivemos, no qual a miséria está sendo eliminada, a prosperidade é visível e a auto-estima do povo resgatada do limbo.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de jornalismo pestilento, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República seja achincalhado nas vinte e quatro horas do dia. Não há ''depois do expediente'' para um Chefe de Estado.

É aviltante que o governo financie a ação de grupos midiáticos que pregam abertamente um golpe de estado, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas independentes e blogs pés-de-chulé às determinações de um partido político e de seus interesses espúrios.

É repugnante que essa mesma máquina de moer biografias tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a inclusão social e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Judiciário seja tratado como mera extensão do Jardim Botânico, explicitando o intento de enrabar o Presidente. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de, em nome da Democracia, aturar essa corja de golpistas cheirosos.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder o obriguem a ouvir calado tanto desaforo. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de imprensa golpista. Basta de canalhice!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mas ela não foi mal?

Sírio Possenti
De Campinas (SP)

Para Sírio Possenti, não é só o apoio de Lula que fez Dilma crescer (foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)

Não vou opinar sobre opções políticas, embora minha posição talvez fique implícita. Vou apenas comentar previsões e a falta de coerência de um discurso. Um, dois, três!
Tenho memória ruim para detalhes e boa para generalidades - sou o contrário de Funes, aquela personagem de Borges. Para fazer bonito, eu precisaria guardar dados para ocasiões futuras, apostar que recortes seriam úteis um dia, acreditar piamente nisso, e arquivar, arquivar. E encontrar na hora certa, claro.
Periodicamente, quando leio nos jornais as avaliações que políticos fazem de seus adversários, tenho a impressão de ter ouvido o contrário pouco tempo antes. Vou fazer um exercício de memória (pouca e talvez falha), correndo todos os riscos que isso implica.
Começo pelo dia 14 de agosto de 2010 (de fato, pela véspera, com as notícias em portais e na TV). A questão são os números da pesquisa Datafolha, que mostrou Dilma 8 pontos à frente de Serra. Um resultado aparentemente inesperado, pelo menos para quem acredita apenas no Datafolha, porque todos os outros institutos vêm dizendo isso há algum tempo. Tucanos acreditavam no Datafolha e estranhavam os resultados dos outros institutos (um chegou a ser quase processado, salvo engano), enquanto todos os outros políticos acreditavam nos outros institutos e tentavam entender o que estaria havendo com o Datafolha.
Mas não é esse meu assunto, e sim a explicação que alguns teriam dado (que supostos políticos supostamente teriam dado, segundo virou moda dizer) para os números. Cito um caso exemplar, até porque a análise pode revelar-se correta.
As manchetes de sexta e de sábado dizem que tucanos culpam o JN pela dianteira de Dilma. Considerando só a manchete, eu me perguntava: "como assim, se eles cansaram de dizer que Dilma foi mal na entrevista?".
A explicação vinha depois, e é bem sofisticada. Dilma foi entrevistada no JN na segunda, Marina na terça, Serra na quarta. A pesquisa foi feita na terça, na quarta e na quinta. Assim, os que responderam aos questionários na terça e na quarta não ouviram a entrevista do Serra, que foi na quinta. Mas todos ouviram Dilma e metade ouviu também Marina.
Achei a suposição sofisticada. Claro que temos que esperar outros dados para ver se a hipótese se confirma. O núcleo é o seguinte: quanto mais os eleitores ouvirem Serra, mais decidirão votar nele. Outra hipótese, que acompanha a anterior, é: mas, se ouvirem Dilma e não ouvirem Serra, é claro que preferirão Dilma.
Tudo estaria adequado, tudo pareceria lógico ou coerente, se não fossem duas afirmações constantemente repetidas nos últimos dois anos. (a) Dilma não tem o que dizer, ou, se tem, o diz de tal maneira que, abrindo a boca, perde votos - sua fala é burocrática etc.; (b): como ela não tem nada a dizer nem a oferecer, sua (possível) força vem exclusivamente de Lula.
Ora, Dilma foi ao debate da Band e às bancadas da Globo sozinha (isto é, sem Lula, com quem esteve em muitos eventos antes e mesmo assim seus índices não subiam). Assim, pela tese tucana, exposta pelos políticos tucanos (especialmente Juthay Magalhães e Sérgio Guerra) por quase todos os colunistas, diga-se de passagem, que, obviamente, são neutros e objetivos (!!), Dilma deveria ter perdido potenciais eleitores pelo simples fato de aparecer sozinha e falar como fala. Mas agora eles dizem que ela ganhou potenciais eleitores fazendo exatamente o que, segundo eles, deveria fazer com que os perdesse.
Tem mais: minha memória genérica me faz lembrar de que, durante um bom tempo, também se disse que nem Lula seria capaz de fazer a aceitação de Dilma crescer (e depois,m que ela crescia à sombra dele).
Um resumo da história das declarações, se os leitores lembram, é: Dilma foi inventada, veio do nada, caiu do céu, foi tirada do bolso do colete; nem Lula consegue fazer que ela suba nas pesquisas; só sobe nas pesquisas encostada em Lula; se ela fala e Serra não, é claro que leva vantagem.
Como se vê, o discurso muda muito. Baumam talvez dissesse que é líquido.
***
Segunda-feira à noite (16/8): pesquisa do Ibope põe Dilma 11 pontos à frente de Serra. A pesquisa foi feita depois da do Datafolha, portanto, depois que todos os candidatos foram vistos e ouvidos. Os dados mostram curvas opostas: Dilma sobe, Serra desce. Está acontecendo o contrário do que os tucanos diziam: quanto mais Dilma aparece sozinha, mais ela sobe. Quanto mais Serra fala, mais ele cai. Não sei explicar esses dados. Só quero assinalar a enorme falta de coerência e a brutal incapacidade de análise da oposição. Pelo menos até agora.
***
Quando Dilma fala, eu me pergunto por que aquelas pausas (eventualmente, me lembro de outras pessoas cuja performance é semelhante; o Merval Pereira, por exemplo...). Quando ouço Marina, o que me vem à cabeça é que esperava mais "novidades" - mas não sei se deveria. Quando ouço Serra perguntar se Dilma já distribuiu remédios, francamente, desanimo dos candidatos "preparados". E quando ele ameaça colocar dois professores em todas as salas de aula do Brasil, então eu praticamente decido meu voto. Pelo menos minha principal opção de rejeição.
***
Nem vou comentar a pesquisa Vox Populi de terça-feira, segundo a qual Dilma está 16 pontos à frente de Serra. Mas foi na véspera do início da campanha eleitoral por rádio e TV. Agora é pra valer. Veremos quem fez as melhores previsões.

Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.

domingo, 18 de abril de 2010

A MANIPULAÇÃO DA PESQUISA DATA FOLHA

Há uma fraude, intencional "ou não", no tamanho da amostra da pesquisa Datafolha de março em relação à de fevereiro. Da pesquisa divulgada hoje ainda não há estes dados para conferir. Mas os dados de fevereiro e março, disponíveis no TSE, são suficientes como prova.



Na pesquisa de fevereiro o instituto fez entrevistas em 18 bairros na cidade de São Paulo.
Na pesquisa de março, o Datafolha elevou a pesquisa para 71 bairros na cidade de São Paulo. Porém, inexplicavelmente, não aumentou o número de bairros nem na cidade do Rio de Janeiro, nem em Belo Horizonte.
A pesquisa do Datafolha é na rua, em lugares de movimento. Cada bairro é um ponto de coleta de entrevistas de intenção de votos.
Rio e Belo Horizonte perderam importância relativa na amostragem para São Paulo:

No Rio de Janeiro (segundo colégio eleitoral) a pesquisa foi feita em 10 bairros (10 pontos de entrevista).
O eleitorado da capital paulista é 1,8 vezes maior do que o da capital fluminense. 
Pela proporção, se o Rio teve 10 pontos de coleta, São Paulo deveria escolher 18 bairros, e foi esse o número da pesquisa de fevereiro, o que estava certo. Resultado naquela data: apenas 4% de diferença entre Serra e Dilma.
Subitamente, em março, o DataFolha ampliou a coleta de amostra de São Paulo para 71 bairros. Inexplicavelmente, manteve para o Rio os mesmos 10 bairros. Resultado: a diferença aumentou para 9% entre Serra e Dilma.
Se o objetivo era ampliar a amostra para maior precisão, também seria necessário aumentar o número de bairros no Rio na mesma proporção, elevando de 10 para 39.
A mesma coisa aconteceu com Belo Horizonte. Tanto em fevereiro como em março, as pesquisas abrangeram 4 bairros. BH tem cerca de 22% do número de eleitores de São Paulo. Assim, para 18 bairros pesquisados em São Paulo em fevereiro, 4 em BH estava proporcionalmente correto. Mas para 71 bairros na capital paulista, seria necessário aumentar para 15 em BH.
O Datafolha vai argumentar que o tamanho da amostra em São Paulo não quer dizer nada, porque os resultados finais são ponderados de acordo com os dados do IBGE. É apenas uma meia verdade, pois uma pesquisa "bem feita" em São Paulo, e "mal feita" no Rio de Janeiro e Minas Gerais, afeta os resultados de toda a região sudeste e do Brasil.
Além disso, qual é a explicação para um estatístico "anabolizar" a amostragem justamente na cidade de São Paulo, onde José Serra tem índices muito melhores do que no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte? É inexplicável que um estatístico escolha fazer esse plano de amostras desbalanceado.
Está usando critérios desproporcionais ao tamanho do eleitorado, para cidades diferentes, o que nenhum estatístico faria.
O fato indiscutível é que o Datafolha mudou sua metodologia no meio do jogo, e não comunicou ao distinto público, o que, por si só, já é prá lá de suspeito.
O segundo fato indiscutível é que o Datafolha está aumentando a importância do Estado de São Paulo na pesquisa, justamente no estado onde Serra é mais forte, o que torna tudo mais suspeito ainda.
Por fim, é um engôdo, uma forma de fraude, comparar a evolução do próprio Datafolha de fevereiro para março, quando foram feitas com metodologias diferentes, com planos de amostragem diferentes.

Qual o impacto dessa lambança no resultado nacional da pesquisa não dá para saber, inclusive porque seria necessário analisar o que foi mudado também nas demais cidades.
Só o Datafolha pode explicar. Mas quem vai confiar nas explicações do Datafolha depois disso?



O Datafolha não se contentou em "anabolizar" os bairros pesquisados na cidade de São Paulo, aumentando de 18 para 71, coisa que não fez em outras capitais, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Resolveu também "anabolizar" a pesquisa incluindo mais cidades do Estado de São Paulo na amostragem de sua pesquisa do mês de março em relação ao mês de fevereiro.



É preciso salientar que o Datafolha mudou essa sua amostragem, quando Dilma encostou em Serra, com a diferença caindo para 4%.
Em todos os demais estados, o número de cidades escolhidas ou não variaram ou sofreram variações pequenas: uma ou duas cidades a mais ou a menos. Até aí tudo dentro do aceitável.
O que espanta é só no Estado de São Paulo ter saltado de 25 cidades em fevereiro, para 55 cidades pesquisadas em março.
Isso preocupa porque, por exemplo, um maior número de cidades do estado de São Paulo, onde José Serra (PSDB/SP) é de longe o mais conhecido, pode estar sendo computado na pesquisa nacional como se fossem amostras de outras cidades pequenas e médias, de mesmo porte, de outros estados do Brasil, onde José Serra é impopular.
Como agravante, São Paulo não é o estado que tem mais municípios no Brasil. Perde para Minas Gerais.
Assim, com essa "metodologia do Datafolha" anabolizando São Paulo, 36% (na pesquisa de março) foi até pouco para o demo-tucano.

Minha observação:



O rastro de duvidas deixados pelo grupo folha começando pelo questionamento das pesquisas dos concorrentes antes mesmo de serem publicadas e editoriais acusatórios após suas publicações, ficou muito obvio que existia algo errado como aquele menino que fez besteira e antes de você perguntar o que aconteceu ele já vai dizendo que não foi ele. O PSDB entrou com uma representação junto ao TSE Pedindo a abertura dos dados da pesquisa Sensus que aponta empate entre Serra e Dilma usando os argumentos do grupo folha e a grande midia tem ignorado completamente os resultados de pesquisas desfavoraveis ao seu candidato serra.


Mas com o grande advento da internet e a revolução digital proporcionada pelos blogs, as informações não ficam mais restritas aos grandes grupos de midia como antigamente dificultando assim sua manipulação completa podendo ser desmascarada como neste artigo e difundida rapidamente pela blogosfera.


o Movimento dos Sem Mídia, organização não-governamental da sociedade civil constituída em 13 de outubro de 2007,dirigida pelo Eduardo Guimarães do blog Cidadania, pedirá à Justiça Eleitoral investigação rigorosa dos fatos supra mencionados, o que fará em benefício da ordem pública e da segurança da sociedade de que a eleição deste ano transcorrerá sob a égide da democracia e da justiça, o questionamento da sociedade civil organizada e um elemento fundamental para que os orgãos competentes investiguem e tomem providencias contra o abuso e manipulação destes orgãos de imprensa que de acordo com seus diretores que declararam que se consideram partidos de oposição, já que a oposição esta perdida e sem rumo.


Vamos ficar alertas porque o jogo eleitoral ainda nem começou oficialmente e se nos sentirmos intimidados, a democracia vai perder sua melhor ferramenta dos ultimos tempos, articulações já começaram no congresso para tentar responsabilizar os blogs pelos comentários dos internautas, isto depois da derrota deles na tentativa de barrar a campanha pela internet atraves dos blogs junto ao TSE.


O importante não é a Dilma estar à frente do serra.


O importante são informações verdadeiras da representatividade da opinião do povo brasileiro, não sou massa de manobra e exijo respeito.
Denilson Bramusse

terça-feira, 6 de abril de 2010

'Internet pode ser decisiva', diz coordenador da campanha de Dilma

Ex-diretor da Campus Party Brasil, Marcelo Branco será o estrategista de redes sociais para a campanha da petista

estadão.com.br

O ex-diretor da Campus Party Brasil Marcelo Branco oficializou nesta segunda-feira, 5, que será o estrategista de redes sociais para a campanha de Dilma Rousseff, candidata à presidência pelo PT. Branco foi contratado pela Pepper Comunicação Interativa vai trabalhar com os americanos Scott Godstein e Joe Rospars, responsáveis pela campanha de mídias sociais de Barack Obama em 2008, além de Ben Self e Andrew Paryze, especialistas em marketing digital da Blue State Digital.

De acordo com o ex-coordenador da Associação do Software Livre, o trabalho terá em vista a base militante de PT e PMDB pela internet. Para Branco, 'não tem como fazer uma campanha na internet com uma hierarquia muito superior entre os políticos e os cidadãos'. Sobre a relação da ex-ministra com as novas tecnologias, acrescenta: 'A Dilma tem uma história relacionada à tecnologia'. Leia abaixo os principais trechos da entrevista ao estadão.com.br.

Qual será o seu papel na campanha de Dilma Rousseff na internet?
Vou compor a equipe e minha responsabilidade maior será a estratégia de mobilização e comunicação nas redes sociais. Nós vamos pegar a experiência do pessoal do Obama, mas a estratégia será feita do lado brasileiro da campanha. Claro que nós estamos subordinados à estratégia geral da campanha, que o comitê de campanha é com sua coordenação através do (Fernando) Pimentel. Nós não somos um ente à parte da campanha geral.

Como se fossem parte de uma mesma equipe?
Sim, estamos alinhados com a campanha geral, mas desdobrando a estratégia geral para o cenário da internet, das redes sociais. Nós não vamos trabalhar com a ideia de destruir reputaçãoes. Não é uma prática que vamos usar na campanha, nem a contratação de posts pagos. As pessoas que vão se envolver na campanha - independentemente de serem contratadas ou não - vão sendo pagas para postar notícias favoráveis à candidatura.

Como as pessoas que são pagas para ficar com bandeiras no semáforo?

Já está acontecendo. Se você pesquisar, vai ver que algumas candidaturas já têm indícios de estarem usando blogueiros conhecidos para destruir reputações. Mas não é o nosso caso. A coligação que apoia a Dilma tem à frente os dois maiores partidos políticos do Brasil que são o PT e o PMDB. Além disso, ela tem uma coligação de pártidos de esquerda, que tem um caráter militante. Todos os militantes usam a internet de um jeito ou de outro. O nosso objetivo é de que esses militantes auxiliem na nossa estratégia de esclarecimento e de um debate político de alto nível na internet. Como somos do governo, a baixaria não pode ser uma linha que nos beneficia. Pelo contrário, nós temos muitas coisas boas para mostrar e comparar com o governo anterior, que representa o nosso adversário, que é o Serra.

Isso não pode prejudicar alguma candidatura? Como o TSE vai monitorar tudo isso?

Estamos todos aprendendo a fazer campanha na internet, tanto as coodenações dos partidos como os eleitores. Acho que entender uma campanha na internet é entender uma campanha de milhares de pessoas, diferente da campanha de rádio, TV e jornal, que podia ser feito centralizado por uma agência e à noite vai para o ar. Não tem como fazer uma campanha na internet sem organizar sua base de apoiadores já existentes. Acho que todo mundo vai aprender com essa eleição. Não acredito que existam supergurus da internet. O pessoal da Blue State era ativista do Partido Democrata.

Um boato pode correr o mundo muito rápido. Essa não é uma preocupação?

Claro, mas para mim é uma prática que agrega muito pouco.

Mas e os boatos que uma pessoa física pode jogar na rede?
As pessoas que têm uma reputação na internet tem de zelar por elas. Uma das formas não é disseminar notícias falsas. Essa pessoa existe e depois vai ser cobrada. Ninguém vai ser contratado para fazer post pago, por exemplo.

Qual é a importância da conversa entre os internautas?
Esse espaço horizontal de discussão é muito importante porque ele vai estabelecer um processo de politização. Os grandes temas nacionais certamente estarão em debate e vai ser a chance de o eleitor e o candidato se aproximarem, porque não tem como fazer uma campanha na internet com uma hierarquia muito superior entre os políticos e os cidadãos. Pela primeira vez na história da humanidade eles estão na mesma plataforma. O nosso maior objetivo vai ser aprofundar essa discussão que o Brasil já vem fazendo do governo Lula.

Isso pode definir votos?

Dependendo do grau de polarização, a internet pode ser decisiva no processo. Mas temos de entender a internet com dois objetivos. Um deles é fazer a guerra de comunicação na rede. O outro é auxiliar a organização com a vida offline - para fazer esclarecimentos fora da rede. Queremos fazer uma campanha junto dos apoiadores. Não dá para fazer uma campanha centralizadora nas redes sociais.

Como vai ser a atuação de Dilma com os eleitores durante a campanha?

A Dilma tem uma história relacionada à tecnologia. Ela é uma pessoa que sempre, dentro das discussões, esteve presente como técnica. Ela está sempre com o notebook.

Dilma vai ter twitter?

Sim, estamos chegando hoje a Brasília, mas tudo já está sob orientações da própria candidata.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A blogosfera e os jornais

Por Renato Mendes em 9/3/2010


Se há poucos anos ainda existiam dúvidas sobre a influência da blogosfera no jornalismo, nos dias atuais, além das dúvidas terem desaparecido, a simbiose que emerge da relação entre os blogues e os jornais é objeto de análise de diversos estudos. Com o surgimento do primeiro blogue nos EUA, em 1993 – quando a internet era ainda incipiente –, abriu-se uma janela sem precedentes para o início de um modelo coletivo de colaboração, baseado no feedback e na partilha de informações e notícias que revolucionaria o universo comunicacional.

Um ano após Justin Hall escrever em HTML (Hypertext Markup Language) o conteúdo do primeiro blogue, muito antes de surgirem as empresas especializadas em desenvolvimento de softwares para a criação de blogues, o então estudante do Swarthmore College recebe o primeiro visitante em sua página na internet. Tal fato é tão importante quanto a própria criação do blogue, pois algo inédito acontecia: a troca de informações entre duas pessoas pela internet a partir de um conteúdo gerado e publicado no mundo virtual.

A partilha na internet só foi possível graças à criação da tecnologia do hipertexto, por Tim Berners Lee, que mais tarde se transformou na WWW (World Wide Web). Através de um programa, ou o primeiro browser, Lee proporcionou aos não especialistas a possibilidade de publicar documentos como páginas da internet, dando início a um processo irreversível: emergia um novo modelo de interação entre pessoas e informações.

Conteúdo e comportamento dos blogs


O conceito Web 2.0, criado em 2004 por Tim O’Reilly, traduz-se no paradigma da internet como plataforma central de uma inteligência coletiva. O conceito é sustentado pelo desenvolvimento de aplicativos, que aproveitam os "efeitos de rede" para evoluírem. Esta evolução é proporcional à participação das pessoas nas redes. Como exemplo, temos os softwares open source, ou código aberto. Neste caso, a "inteligência coletiva" pode ser interpretada como meio, mas também como um fim, para a construção de uma plataforma do saber.


Sobre o conceito Web 2.0, alguns dizem que é uma buzzword, puro marketing. De qualquer maneira, diversas multinacionais que baseiam seus negócios na internet adotaram e amplificaram o conceito de Web 2.0, apoiadas pelos lucros alcançados através da experiência coletiva. Esta noção pode ser interpretada como uma tendência, ou então como uma nova versão da mesma ideologia do criador da WWW, que tem a internet como plataforma de partilha do conhecimento.


É necessário dizer que os blogues sejam talvez o elemento central desta plataforma para a inteligência coletiva, de partilha do conhecimento. O sítio Technorati, em sua série de relatórios – como, por exemplo, "O estado da Blogosfera em 2009" – desenvolve desde 2004 estudos sobre os blogues, utilizando gráficos para perceber tendências na produção de conteúdo e comportamento dos bloggers – sob vários aspectos, além de entrevistar os maiores especialistas nesta área. Ciência está sendo produzida a partir do conteúdo que emana dos blogues.


Um novo gênero de jornalismo


A importância dos blogues na produção e transformação do conhecimento é inquestionável nos dias atuais e desperta cada vez mais interesse nas empresas de mídia, à medida que interfere na produção das notícias dos jornais. No blogue "Monday Note" escrito por Frédéric Filloux, editor internacional de um grupo de mídia norueguês, uma questão polêmica emerge na forma de uma pergunta em um dos posts: "Blogging, a new journalistic genre?" A reposta chega nas primeiras linhas, "um dos mais interessantes desenvolvimentos da internet (em 2009) será a evolução contínua dos blogues" e segue com a argumentação de que os blogues transformaram-se em um novo gênero jornalístico, "o qual poderá tornar-se o principal motor dos sítios de notícias".

Segundo Filloux, muitos dos jornalistas que mantêm blogues referenciados – muitos endossados pela grande imprensa – fazem dos posts matérias jornalísticas mais interessantes, se comparadas aos seus trabalhos principais, nas redações dos jornais. De maneira a afirmar a importância dos bloggers no processo de construção da notícia, e ao mesmo tempo colocar este novo gênero de jornalismo em um patamar mais elevado, Filloux menciona os nomes de Floyd Norris, chefe do serviço financeiro do jornal The New York Times, e Paul Krugman, Prêmio Nobel de economia, como bloggers conhecidos e profissionais. O autor avança com a idéia de que os blogues devem ser elementos essenciais na estratégia editorial dos mídia.


A reflexão sobre do processo de apropriação das informações, que emerge da blogosfera, pelas redações dos jornais, torna-se mais rica sob a ótica do conceito de "mediamorfose", de Roger Fidler: as novas formas de comunicar, ou os novos mídia, não surgem de maneira espontânea, mas sim através da transformação dos mídia que já existem. Este quadro de transformação não condena ao desaparecimento as velhas formas de comunicar, mas imprimem uma necessidade de adaptação. Em última análise é isso que Filloux defende em seu post sobre o surgimento de um novo gênero de jornalismo, muito apoiado pelo que acontece com os jornais norte-americanos.

Hiperligações e intertextualidade


No artigo de Carlos Castilho "Protagonismo dos blogs muda contexto da campanha eleitoral na mídia", publicado no sítio Observatório da Imprensa, o autor chama a atenção para a internet como um novo ambiente político, "onde os participantes são ao mesmo tempo atores e público". Castilho destaca um ambiente de polarização de opiniões políticas à medida que a data das eleições presidenciais no Brasil se aproximam. Os segmentos conservadores ocuparam o espaço mediático convencional, enquanto a internet será apropriada por setores mais liberais da política. O autor do artigo salienta o papel de protagonista que o blogger adquire quando expõe suas cores políticas na internet.

No sentido de reforçar o movimento espontâneo de apropriação de uma tecnologia emergente, os blogues, que beneficiou o universo informativo, temos um evento midiático de escala global que chocou a todos. O 11 de setembro marcou um momento de virada, de acordo com Dan Gillmor, quando a reportagem e a produção de notícias em escala massiva passou a ser feito pela audiência. O jornalismo-cidadão, ou participativo, ganhou grande expressão nas televisões e jornais de todo mundo, quando relatos pela internet, através de blogues, preenchiam o conteúdo informativo da grande mídia.

O que dizer, então, sobre os blogues, quanto se tem em conta a produção de notícias de forma amadora e despretensiosa? A popularização dos softwares para a criação dos blogues faz com que em menos de cinco minutos uma pessoa possa publicar qualquer conteúdo na internet. O emprego de técnicas jornalísticas para a criação de uma notícia é fator determinante para classificar se os conteúdos publicados nos blogues são ou não são conteúdos jornalísticos. De outra forma: o que determina ou descreve de melhor forma o jornalismo, não é o meio de dispersão da informação, mas sim, as técnicas empregues para a criação da notícia.


O que se observa em grande escala na blogosfera são blogues que apontam para outros blogues, jornais e conteúdo diverso e disperso pela rede. O uso exacerbado das hiperligações e da intertextualidade – um dos tipos de transtextualidade, que se observa nos blogues faz com que a reprodução de informações e notícias seja o principal efeito desta vaga de massificação do acesso aos blogues. O ineditismo e a relevância da informação – dois elementos que norteiam a produção da notícia, neste quadro de massificação, são marcas escassas da informação na blogosfera.

Imaginar transformações começa a ser possível


A inexorável interferência do conteúdo dos blogues no campo mediático está transformando as técnicas jornalísticas. Autores apontam o conteúdo informativo gerado a partir de blogues como um novo gênero jornalístico. A apropriação dos blogues pela grande mídia é de tal forma avançada que existem jornalistas dedicados à produção de conteúdo on-line, é comum os posts tornarem-se excertos de trabalhos jornalísticos convencionais ou até mesmo serem utilizados integralmente em trabalhos jornalísticos convencionais. Uma nova classe de jornalistas está em nascimento, aqueles que perderam suas posições nas redações – ou mesmo aqueles que nunca tiveram a experiência de uma redação e encontram na publicação on-line, através de blogs, o seu sustento.

Casos de repórteres terem conseguido financiamento de viagens profissionais para a cobertura jornalística começam a surgir. Surgem também notícias dos que conseguem pagar suas contas e seguir na carreira de jornalista graças às contribuições financeiras realizadas por suas audiências, em troca de conteúdo jornalístico on-line. Imaginar as transformações que os blogues imprimirão nas empresas de mídia começa a ser possível agora. O ganho de consciência por parte das sociedades sobre o poder da informação que circula na blogosfera determinará em grande parte a forma pela qual a revolução que está em curso transformará o campo jornalístico.
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