Na manchete dos israelenses Ynet e "Haaretz", "Irã e Brasil alcançam acordo sobre troca de combustível". Também no "New York Times" "Turquia e Brasil selam acordo".Na agência ocidental, a Bloomberg, foi na mesma linha, também citando o chanceler turco, ouvido pela agência Anatolia.
Nos sites do canal iraniano PressTV e das agências iranianas Irna e Fars, nada de acordo. As manchetes ecoavam elogios ao Brasil, do presidente e do "líder supremo".
"China Daily", num texto intitulado "Diálogo é o melhor caminho para a questão nuclear do Irã", o porta-voz da chancelaria declarou que Pequim, "como sempre, acredita que a negociação é a melhor opção para resolver o assunto", mas defendeu a estratégia em "duas trilhas". Na outra, as sanções do Conselho de Segurança.
"Conforme a relação EUA-China se tornar mais problemática, as corporações americanas investirão mais no Brasil, assim como as chinesas. Então, o Brasil leva vantagem nisso tudo." Do presidente do Eurasia Group, consultoria de "risco político" de multinacionais americanas, IAN BREMMER, ao prever uma escalada de conflitos entre as empresas dos EUA e da China, em entrevista ao "Barron's", destacada também no "Financial Times".Do Nelson de Sá
"Conforme a relação EUA-China se tornar mais problemática, as corporações americanas investirão mais no Brasil, assim como as chinesas. Então, o Brasil leva vantagem nisso tudo." Do presidente do Eurasia Group, consultoria de "risco político" de multinacionais americanas, IAN BREMMER, ao prever uma escalada de conflitos entre as empresas dos EUA e da China, em entrevista ao "Barron's", destacada também no "Financial Times".Do Nelson de Sá
Mais uma vitória do Presidente Lula
A professsora universitária francesa Clotilde Reiss chegou ontem a Paris, depois de ficar dez meses detida no Irã sob a acusação de espionagem. A libertação foi negociada com a ajuda do Brasil, a quem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, agradeceu.
O retorno da professora à França concluiu um período de tensão extra entre Paris e Teerã, desde a prisão de Reiss após as manifestações contra o resultado das eleições iranianas, em junho de 2009.
Sarkozy agradeceu ao Presidente Lula, na negociaçõe com o governo iraniano para a libertação. "Clotilde Reiss estava detida no Irã desde 2009", disse o presidente francês em um comunicado. O governo brasileiro comemorou a notícia.
o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse ao colega brasileiro que a decisão de libertar Reiss "foi um presente para o Brasil".
Garcia disse que a libertação da professora francesa foi resultado de meses de "diplomacia silenciosa" do Brasil.
Retornando de um dia inteiro de negociações, o chanceler Celso Amorim não escondia sua satisfação. "É uma bela coincidência", comentou o chanceler, associando a libertação de Reiss à obtenção de um acordo com o governo iraniano.
O embaixador do Brasil no Irã, Antônio Salgado, disse que a própria Clotilde Reiss enviou uma mensagem de agradecimento ao Brasil pelos esforços.
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